sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

RECORDE EM LEILÕES EM 2009


Ao término de todas as grandes vendas em leiloes de 2009, o desenho em pastel “Head of a Muse”, de Raphael, destacou-se por alcançar o maior valor em lote único do ano. O desenho de 1511 foi vendido este mês na Christie's de Londres por US$ 47,5 milhões. A venda superou o recorde anterior de US$ 45,6 milhoes de um Matisse, que fazia parte da coleção de Yves Saint Laurent.

Entre os modernos, Andy Warhol alcançou o topo com a obra “200 One Dollar Bills”, de 1962, vendido por US$ 43,8 milhoes em novembro, mais de três vezes mais do que o valor pré-estimado de US$ 12 milhoes e mais de cem vezes mais do que o valor pago pelo proprietário original em 1986.

Notícia extraída do site www.bloomberg.com

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

NO MUNDO DAS ARTES, DOAR AINDA É UM PROBLEMA

Matéria de Camila Molina originalmente publicada no Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo em 3 de dezembro de 2009.

Autoridades no assunto discutem os impasses na hora de renovar acervos

No ano passado, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP renovou seu acervo com um conjunto de 40 obras do fotógrafo mexicano Pedro Meyer, pioneiro da fotografia digital há quase 30 anos. Para adquirir as obras, pagou uma taxa simbólica de US$ 1 mil e ainda contou com patrocínio de uma empresa de impressão de imagens. Criou-se, até mesmo, certo problema na alfândega quando as dezenas de peças chegaram ao Brasil "compradas" por um preço tão baixo. Na verdade, tudo não passou de uma estratégia conjunta entre o MAC e o artista para que as imagens, enfim, ajudassem a preencher a lacuna de fotografias contemporâneas do museu - os recursos eram para despesas de transporte, como diz a vice-diretora da instituição, Helouise Costa. "Da década de 1980 até hoje, quando a USP decidiu não mais dar verba para aquisição, apenas para manutenção, o MAC depende de doações."

Se alguém pensa que é fácil doar e receber obras de arte, o exemplo acima mostra que não é bem assim. No Brasil, este não é um problema específico apenas de um museu. Como as regras e as políticas de aquisição de obras para instituições ainda se firmam no País, os museus, sem verba para a compra de peças artísticas, têm de esperar a boa vontade de colecionadores ou dos próprios artistas que querem doar suas obras.

"Em termos genéricos, política de aquisição existe, mas é uma complicação", diz o curador-chefe do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Teixeira Coelho. Respeitando a vontade de anonimato de um colecionador, ele cita um exemplo recente vivido pela instituição: um colecionador queria ceder ao Masp a obra de um artista moderno estrangeiro, comprada no exterior, mas os impostos cobrados pela Receita Federal não faziam valer sua boa vontade. "Ou se concorda em isentar as doações de tantos impostos ou o museu tem de arcar com os impostos e, nesse caminho, quase sempre o doador desiste", diz Teixeira Coelho, que defende uma "ação concertada" entre os ministérios da Cultura e da Fazenda. "Todo mundo quer cultura, mas não quer pagar por ela", continua o curador, ainda emendando que há outro entrave: como hoje as obras de muitos artistas brasileiros se equiparam às de estrangeiros - uma peça do escultor Sérgio Camargo (1930-1990) de 1964 foi vendida recentemente em Nova York em leilão da Sotheby"s por US$ 1.594.500 -, "as pessoas pensam mil vezes antes de doar uma obra".

Hoje pela manhã, ocorre no Museu de Arte Moderna do Rio uma reunião solicitada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, com diretores de instituições nacionais e representantes do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) justamente tendo como tema a política de aquisição de acervos. Trata-se de uma continuidade de discussões sobre a questão, alavancada, ainda, pelo episódio do incêndio de obras de Hélio Oiticica (1937-1980) e de seu pai, o fotógrafo José Oiticica Filho (1906-1964), ocorrido em outubro, na casa da família dos criadores, no Rio - as peças deveriam estar em uma instituição, mas como familiares podem ceder as criações aos aparatos museológicos? "Desde 2003 há um edital do Ministério da Cultura de modernização de museus, que permite aquisição de obras, mas poucas instituições usam porque, primeiro, necessitam da qualificação das reservas técnicas. Nossa intenção é que tenhamos um edital específico de R$ 10 milhões para aquisição de acervo, via Petrobrás ou ministério", diz José do Nascimento Jr., do Ibram.

Outras propostas de estímulo à doação/cessão são a de lei do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) de dedução de 6% do Imposto de Renda do valor de obras de arte doadas (leia ao lado) e o anteprojeto de Michel Etlin (Associação Nacional das Entidades Culturais Não-Lucrativas) também de incentivo fiscal para patrimônio de herança - e pode-se citar ainda os editais da Caixa Econômica Federal e da Funarte, ambos da esfera federal. "Governos estaduais e municipais também têm de adquirir", diz Nascimento.

Apesar de as instituições terem seus conselhos consultivos para decidir se a obra tem relevância para entrar no acervo do museu - e "a maioria não é aceita, é um ônus para a instituição", como diz Helouise Costa -, a doação é a principal fonte de aquisição. Mas esta é uma época diferente das décadas de 1940 e 50, quando figuras como Ciccillo Matarazzo e Assis Chateaubriand doaram suas coleções preciosas para criação do MAC e Masp. Já houve casos notáveis, como o da tela Banhista Enxugando o Braço Direito, de Renoir, que foi cedida em 1948 ao Masp por uma lista de nada menos do que 26 doadores. Era a sociedade se mobilizando em nome da arte.

Dois Mecanismos:

DOAÇÃO: Obras doadas por artistas ou por terceiros têm sido o principal mecanismo de entrada de peças nos acervos dos museus, já que não há verbas específicas nas instituições para compra de obras. Mesmo assim, como diz Teixeira Coelho, as doações "existem a conta-gotas", grande parte delas, de obras sobre papel, que têm preços reduzidos. Para colecionadores, um entrave criado são os impostos cobrados pela Receita Federal.

LEI ROUANET: O uso de patrocínio por meio da lei de incentivo ainda é pouco utilizado pelas instituições, dado, entre um dos motivos, pelas exigências do Ministério da Cultura para a aprovação dos projetos de aquisição. "Nem sempre as instituições têm claro o que querem", diz José do Nascimento Júnior, do Ibram. O MAC, por exemplo, teve seus projetos recusados, mas o MAM e a Pinacoteca vêm tendo uma entrada razoável de obras em suas coleções por meio de patrocínio de empresas - o caso de maior vulto ocorreu no ano passado, quando as duas instituições receberam R$ 2 milhões do banco Credit Suisse para compra de obras. Parcerias de instituições com as feiras SP Arte e Pinta/NY têm sido também fonte.

Destaques De Aquisições Recentes:

MAM- SP: Em 2009 entraram para o acervo da instituição75 obras, entre doações feitas por artistas, por terceiros, por intermédio dos Clubes de Colecionadores de Fotografia e de Gravura do museu e por patrocínio de empresas. Entre as aquisições, estão obra da década de 1950 da pintora concretista Judith Lauand, a única mulher que participou do Grupo Ruptura; a instalação Pic Nic (2000), de Marco Paulo Rolla; duas gravuras de Arthur Luiz Piza de 2009 e uma de Mira Schendel, de 1975; as cadeiras Harumaki, Golfinhos e Tubarões e Cone, dos irmãos-designers Fernando e Humberto Campana; um conjunto de cinco trabalhos realizados entre 1968 e 1975 por Antonio Manuel - Clero Define Situação, Sem Repressão Há Ordem; Contra Repressão, Guerra do Consumo/Vampiro Insaciável e Povo; além de obras fotográficas de Adriana Varejão e gráficas de Albano Afonso e grande núcleo de 24 peças de Luiz Guardia Neto, a maioria delas, da década de 1970. O MAM já teve aprovado pelo Ministério da Cultura seu plano de aquisição para 2010, no qual as telas Dados (R$ 250 mil) e Andamento I (R$ 750 mil), ambas da série dos Carretéis, de Iberê Camargo - segundo Felipe Chaimovich, não há obra do pintor no acervo do museu.

MASP: Fazendo uma comparação entre a arrancada de doações que o museu recebeu em sua implantação, movimento ocorrido principalmente até o fim da década de 1950, o Masp teve um declínio grande de entrada de obras em seu acervo, amplo, diga-se de passagem (tem cerca de 7 mil obras). Em 2009 entraram para a coleção da instituição apenas seis (!) peças: dois trabalhos sobre papel e um óleo sobre tela de Niobe Xandó, uma armadura do século 19; uma tela de Nelson Screnci - Metamorfose de Excluídos; e Natureza Morta com Relógio, óleo e têmpera sobre tela e madeira de Leo Contini. Todas as obras foram doadas. Mas vale citar como obras adquiridas recentemente o desenho Cavaleiro (1940), de Salvador Dalì - no ano passado; a tela Cena Mitológica (1498), atribuído a Guercino - em 2006; e a instalação Apartamento, de Regina Silveira - doada pela artista em 2007.

PINACOTECA: EM 2009, o museu teve 66 obras adquiridas, sendo 15 pela doação do Credit Suisse (trabalhos de Daniel Senise, Rosangela Rennó, Beatriz Milhazes, Valeska Soares, Carmela Gross, Efrain Almeida, Carlos Zilio, Ivan Serpa, Marepe e Caetano de Almeida; 49 com articulação de verba do Governo do Estado de São Paulo - entre elas, conjunto de gravuras de Fayga Ostrower e Anna Letycia; 1 pintura, Casario (1946), de Iberê Camargo, doação Associação dos Amigos da Pinacoteca; e 1 escultura em madeira de Amilcar de Castro, por meio de edital da Funarte.

MAC-USP: A instituição teve 20 obras doadas incorporadas em seu acervo este ano: três do artista Alex Flemming; a instalação Árvore do Desejo, de Yoko Ono; sete gravuras de Renina Katz, realizadas pela gravadora entre 2002 e 2003; e nove serigrafias e litografia de Claudio Tozzi, dos anos 1970 e 1990.

Projeto de lei

Foi aprovado no dia 4 de novembro um projeto de lei que abre a possibilidade de os doadores de obras de arte deduzirem de seu Imposto de Renda até 6 % do valor da doação. Quem aprovou foi a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e o projeto (número 2764/08) é de autoria do deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR). Haverá uma restrição: para acionar o desconto no IR, essas obras devem ser cedidas a instituições que façam parte do Sistema Brasileiro de Museus. O projeto deve ainda passar pela Comissão de Finanças e Comissão de Justiça, processo que Vanhoni acredita ocorrer até no máximo no primeiro semestre de 2010.

"Isso dá um estímulo tanto para quem é pessoa jurídica quanto física. Às vezes, na casa de alguém tem um quadro ou uma obra, mas essa pessoa é herdeira e nem tem relação ou aprecia aquele trabalho que deveria estar melhor cuidado em acervo público", diz o deputado. O valor de 6%, segundo Vanhoni, se deu diminuindo pela metade a média das alíquotas de IR que variam entre 15% e 25%. "Senão a área de finanças e arrecadação do governo não aceitaria a proposta."

O estímulo foi visto como positivo para a maioria dos entrevistados pelo Estado, mas Emanoel Araújo, do Museu Afro Brasil, acredita que seja pouco. "Deveria ser de 50%."

DIRETORES DE MUSEUS DESABAFAM

Matéria de Roberta Pennafort originalmente publicada no Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo em 4 de dezembro de 2009.


Reunião ontem com o ministro Juca Ferreira, para discutir renovação de acervos, virou um fórum repetitivo de reclamações

A criação de um fundo permanente para a manutenção de museus, o investimento em aquisição de acervo e a possibilidade de instalação de centros de reserva técnica pelo País foram os pontos principais tratados no encontro que o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o diretor do Instituto Brasileiro de Museus, José do Nascimento Junior, tiveram ontem, no Museu de Arte Moderna, no Rio, com cerca de 40 representantes de instituições, artistas e curadores. O foco inicial era a compra de acervos, mas, diante da complexidade dos problemas por que passam os museus brasileiros, de vazamentos de água em seus prédios à falta de público (menos de 10%da população brasileira já foi a um museu pelo menos uma vez na vida), a reunião, que durou três horas, acabou tocando em outros temas que preocupam a todos os envolvidos no setor.

Não são questões novas, como colocaram artistas e curadores, e conforme reconheceu o ministro. "Sempre surge uma sensação de dèja vu. Um golpe de mão seria mais rápido, mas não teria legitimidade", disse Ferreira, ao citar outras reuniões em que se discutiram os mesmos problemas e se fizeram propostas semelhantes para resolvê-los. O ministro, que anotou o que foi falado, assim como Nascimento, disse que espera ter um documento com as diretrizes para a criação de um fundo para os museus, que entraria no escopo da nova Lei Rouanet, até "março, abril ou maio" do ano que vem. A ideia é que se envie ao Congresso antes das eleições, de modo a garantir sua sobrevida. Tudo vai depender do orçamento do Ministério - Ferreira espera a confirmação do aumento para 1% do orçamento federal até o fim deste ano (hoje é de 0,6%, sendo que o sonho é se chegar a 2%; o entrave é que "a área econômica continua pensando a cultura como gasto, não como investimento", ele lamentou).

Dois pontos cruciais que marcaram as intervenções foram a preservação e a visibilidade da arte no Brasil. Uma proposta interessante defendida tanto pelo curador Marcio Doctors quanto pelo artista plástico Carlos Vergara é a criação de reservas técnicas que guardem obras que não pertençam efetivamente a museu algum, mas que possam ser disponibilizadas para públicos de várias cidades.

"Tenho dúvidas com relação ao modelo atual de museu. Neste momento, deveríamos pensar muito mais em um esquema de reservas técnicas abertas que contemplem um pensamento em rede, onde seria desaguada a produção atual e que tenham condições mínimas de preservação", sugeriu Doctors. "Deveria haver um acervo nacional de arte contemporânea em Brasília. Eu não estou falando de um museu do Niemeyer, mas um galpão mesmo", disse Vergara. Ele também defendeu que o governo subsidie o acesso aos museus, lembrando que sua exposição, no MAM do Rio, custa R$ 8.

Ferreira disse que queria ter feito a reunião há um ano e meio, mas desistiu da intenção inicial, de promover uma conversa conjunta também com galeristas, marchands, artistas e museus públicos e privados, porque percebeu que seria muito difícil chegar a qualquer consenso. O incêndio que, em outubro, destruiu parte da obra de Hélio Oiticica, guardada por sua família no Rio, antecipou o encontro. Ele ressaltou a necessidade de se trabalhar junto com o Ministério da Educação para qualificar os quadros técnicos dos museus, encorpando-os "conceitualmente". Concordou, em vários momentos, que é preciso avançar muito.

"A situação brasileira é muito precária. Não há um sistema que de fato dê conta dessa complexidade, mesmo dentro dos aspectos mais elementares, como a preservação física dos acervos. Não adianta a gente se mobilizar, num espasmo de consciência, quando acontece um acidente", disse. Ferreira anunciou que o orçamento do Ibram, instituído no início deste ano, crescerá em 2010 de R$ 45 milhões para R$ 70 milhões.

À tarde, o ministro anunciou o lançamento de dez editais junto com a Petrobras, no valor de R$ 29,3 milhões, a serem investidos em projetos de artes visuais, restauro de filmes e design, entre outras áreas. Os recursos serão disponibilizados graças aos lucros altos obtidos pela empresa.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

KUSHO - ESCREVER NO CÉU UMA ARTE POUCO CONHECIDA




Kusho é uma palavra japonesa que significa literalmente "escrever no céu". Melhor: enquanto que ku quer dizer céu, a palavra sho designa tanto caligrafia, como escrita e manuscrito. O significado final da palavra fica a cargo da interpretação de cada leitor. No entanto, kusho é também o nome da nova série de fotografias do japonês Shinini Maruyama a que o autor atribui uma forte carga filosófica.

Sendo um fotógrafo multifacetado, Maruyama já trabalhou em diversos campos, tendo-se dedicado à captura de paisagens pitorescas do mundo japonês no início da carreira. Trabalhou em publicidade na Hakuhodo Photo Creative e mais tarde publicou dois livros que reportavam a vida quotidiana tibetana e a sua cultura. Há cinco anos interessou-se pelas técnicas e características formais da Fotografia. É neste quadro que surge a colecção "Kusho".


À primeira vista as fotografias deste trabalho podem parecer sem sentido ou com pouca criatividade. Contudo as 23 imagens das séries Kusho têm subjacente um forte conceito que o autor explica.

Representando a interacção entre tinta preta e água em superfícies brancas ou no ar, Maruyama capta imagens irrepetíveis: os milésimos de segundo exactos antes dos dois líquidos se fundirem em cinzento, que permitem ver em detalhe os processos físicos e químicos invisíveis a olho nu. O timing perfeito na captura das imagens é conseguido através de avanços recentes na tecnologia da luz estroboscópica: há fotografias que têm uma velocidade de obturação de 1/20 000 de segundo.

Jogando com o aleatório, o conceito japonês wabi-sabi está por detrás da ideia desta sessão fotográfica, significando a beleza das coisas imperfeitas, efémeras e incompletas. A própria escolha da palavra foi cuidadosa. Enquanto que ku explora o abstracto e nos leva para o campo ideal da representação como forma de ausência radical, o sufixo sho alude à escrita, porque a fotografia é também expressiva e comunica sempre qualquer coisa. Nas palavras do autor, mais que um espelho com memória este meio pode ser uma experiência conceptual, abstracta e espiritual.




sábado, 14 de novembro de 2009

CÓDIGOS DE BARRA À JAPONESA


Veja a exploração contínua de códigos de barras. Aqui estão algumas das mais criativas explorações destes códigos de barras, feitas por uma empresa japonesa que se especializou na concepção desta nova leitura.

STARBUCKS


A Starbucks marca internacional de café revelou um novo olhar na semana passada em uma filial em Londres.A idéia por trás do novo design foi para inspirar a apresentação de novas lojas e remodelações em todo o Reino Unido e a Irlanda.

FRASE DA SEMANA


"Aqueles que dizem que não pode ser feito normalmente são interrompidos por outros que o fazem."

James Baldwin

O BRASIL DECOLA.


Esta semana a edição da revista The Economist apresenta um extenso artigo sobre o Brasil, e por isso, o país provavelmente poderá tornar-se a quinta maior economia mundial nas próximas décadas. Altamente recomendável que você e todos visitem o site da revista e leiam o artigo durante o fim de semana. http://www.economist.com/opinion/displayStory.cfm?story_id=14845197

terça-feira, 10 de novembro de 2009

2012 - FINALMENTE O TÃO ESPERADO FILME.


Nesta próxima sexta-feira estreia mundial do filme 2012. Geralmente os filmes de cinema catastrofe nunca mencional os países do hemisféri sul. Desta vez não ficaram de fora.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

MALA MAIS DO QUE UTILITÁRIA.




Hmm… Isso que é design de conceito inovador criado pelo designer Erik De Nijs funciona como bagagem, mas pode ser convertido em um conjunto maravilhoso mobiliário elegante e ousado.
De Nijs explica sua ideia por trás do projeto:
O 'caso adequado' é um projeto que se inspira na ideia de pessoas ao aguardarem a chamada para o embarque nos aeroportos poderão usar suas bagagens como poltrona de espera. As pessoas muitas vezes ficam sentadas sobre suas malas, que é o ponto de partida deste design.

A CORREÇÃO DE CORES ANTES DO PHOTOSHOP


Richard Avedon disse : "A correção das notas de cores já é o suficiente para uma impressora".

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

MADONNA NA ROLLING STONE DE NOVEMBRO


No próximo mês a Rainha do Pop estará estampada na capa da revista Rolling Stone americana,as informações obtidas no site Madonna Online informam que serão 8 páginas onde será divulgada a coletânea Celebration com entrevistas exclusivas e fotos antigas e algumas ainda inéditas.

O NOVO BLACKBERRY



O novo BlackBerry tem recursos de tela de toque e uma câmera de 3.2 megapixels.Ele pode acessar o Facebook, Microsoft Word e PowerPoint, possui um sistema de GPS e também de gravação de vídeo e media player. Lembra muito a funcionalidade do iPhone o que poderá causar uma concorrencia entre as marcas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

TOY STORY 3


A Disney/Pixar divulgou os novos cartazes do filme Toy Story 3, as imagens começaram a cair na rede nesta última semana. O filme conta a nova aventura de Woody, Buzz Lightyear e sua turma após serem doados a uma creche depois que seu dono, Andy, vai para a faculdade. Nestes novos cartazes, diversos personagens do filme aparecem ao lado do logo principal, representado pelo número três.
Toy Story 3 tem estreia mundial em 18 de junho de 2010.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

PRESIDENTE DA SOKA GAKKAI INTERNACIONAL LANÇA PLANO DE CINCO ITENS VOLTADO À ABOLIÇÃO NUCLEAR

Daisaku Ikeda, Presidente da Soka Gakkai Internacional
TÓQUIO, 9 de setembro /PRNewswire/

Daisaku Ikeda, presidente da associação budista Soka Gakkai International (SGI), emitiu uma proposta em 8 de setembro, delineando medidas concretas para a abolição de armas nucleares. Adversário declarado dessas armas desumanas por mais de 50 anos, ele enfatizou que temos no momento uma oportunidade única de construir uma solidariedade da sociedade civil, estimular processos políticos e romper com a estagnação que tem molestado o desarmamento e os esforços de não proliferação. Ikeda aponta padrões duplos atuando no mundo atualmente no que diz respeito posse de armas nucleares e declara que não existe qualquer argumento racional para suas retenções.

A fim de construir a paz e a estabilidade no nordeste da Ásia, ele conclama a todos os países envolvidos nas six-party talks (conferências dos seis) sobre o programa de fabricação de armas nucleares da Coréia do Norte que declarem o nordeste da Ásia como uma região de não uso nuclear, com o objetivo de torná-la uma zona livre das armas nucleares. A proposta de Ikeda, intitulada "Building Global Solidarity Toward Nuclear Abolition" (Construindo a Solidariedade Global voltado Abolição Nuclear), resume cinco medidas cruciais a serem tomadas nos próximos cinco anos:

1. Os cinco estados declaradamente com armas nucleares devem anunciar seus comprometimentos com uma visão compartilhada de mundo sem armas nucleares na próxima NPT Review Conference (Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear) e, prontamente, iniciar medidas concretas para seu êxito.

2. As Nações Unidas devem estabelecer um painel de especialistas em abolição nuclear, fortalecendo as relações de colaboração com a sociedade civil no processo de desarmamento.

3. Os estados que compõem o NPT devem fortalecer os mecanismos de não proliferação e remover obstáculos eliminação das armas nucleares até o ano 2015.

4. Todos os estados devem cooperar ativamente na redução do papel das armas nucleares na segurança nacional e avançar numa escala global para o estabelecimento de planos de segurança que não dependam de armas nucleares até o ano 2015.

5. Pessoas do mundo todo devem manifestar o desejo de declarar as armas nucleares ilegais e devem estabelecer, até o ano 2015, a norma internacional que servirá como base para a Convenção de Armas Nucleares.

A proposta de Ikeda será apresentada em 10 de setembro em um evento durante a Annual UN Department of Public Information/NGO Conference (Conferência Anual do Departamento de Informações Públicas/ONG da ONU) na Cidade do México. A conferência tem por objetivo construir um momento para a NPT Review Conference 2010 que oferece uma oportunidade crítica para o progresso em direção abolição nuclear. Em 2006, Ikeda emitiu uma proposta sobre uma reforma na ONU, enfatizando que somente uma forte chacoalhada na opinião pública contra as armas nucleares fará em última instância os governos agirem. Em 2007, a SGI lançou a "People's Decade for Nuclear Abolition" (Década Popular da Abolição Nuclear) e intensificou seus esforços de conscientização, em parceria com outras ONGs. Ikeda declara que, em última análise, a luta contra as armas nucleares é moral, comentando: "...para deixar para trás a era do terror nuclear, devemos lutar contra o 'inimigo' real. Esse inimigo não é as armas nucleares em si, nem os estados que as possuem ou as fabricam. O inimigo real que devemos confrontar é os modos de pensar que justificam as armas nucleares; a prontidão para aniquilar outros quando forem vistos como uma ameaça ou um obstáculo na realização de nossos objetivos". Daisaku Ikeda é presidente da secular associação budista Soka Gakkai International, uma rede internacional com 12 milhões de membros, cujas atividades na promoção de uma cultura de paz são baseadas nos antigos princípios do humanismo budista.

Para maiores informações sobre as atividades anti-nucleares da SGI, visite o site: http://www.sgi.org/assets/pdf/do/SGI_NGO_AR_2009.pdf Para a campanha da People's Decade for Nuclear Abolition, a SGI criou uma fonte educacional que inclui o DVD multi-lingue "Testimonies of Hiroshima and Nagasaki: Women Speak Out for Peace" (Testemunhos de Hiroshima e Nagasaki: Mulheres Falam sobre a Paz), visite o site: http://www.peoplesdecade.org Contato: Joan Anderson Escritório de Informações Públicas Soka Gakkai International Tel: 3-5360-9482 Fax: 3-5360-9885 URL: www.sgi.org E-mail: janderson[at]sgi.gr.jp FONTE Soka Gakkai International

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MARIONETES GIGANTES EM BERLIN







The Berlin Reunion é o nome do desfile de rua promovido pelas companhias de teatro alemãs em Berlim. O que mais chama a atenção no evento é a presença de marionetes gigantes, como a da foto.

DESCOBERTO UM NOVO ANEL EM SATURNO


WASHINGTON (Reuters) - Cientistas encontraram um novo anel ao redor de Saturno, o maior anel planetário visto no sistema solar.
O tênue anel, feito de pequenas partículas, marca uma parte da órbita da distante lua Phoebe, afirmou Anne Verbiscer e seus colegas, da Universidade de Virgínia, à revista Nature.
Phoebe está na órbita de Saturno a um raio de cerca de 13 milhões de quilômetros e, evidentemente, objetos que se colidem com a lua e poeira abastecem o anel de material.
"A analogia mais próxima ao anel de Phoebe são os dois delgados anéis associados com os satélites internos de Júpiter, Thebe e Amalthea", explicaram. "Estruturas similares devem ainda enfeitar outros planetas gasosos gigantes", afirmaram os pesquisadores.
Galileu foi o primeiro a identificar os coloridos anéis de saturno em 1610 com um telescópio, e quase qualquer observador amador pode ver os condensados anéis do planeta gigante.
A equipe de Verbiscer usou o telescópio Spitzer Space da Nasa para encontrar o novo anel, que é muito profundo, além dos outros anéis de Saturno e se situa a um ângulo de 27 graus em relação ao plano dos outros.
"É um anel gigante", afirmou a pesquisadora. Saturno, Júpiter, Urano e Netuno possuem anéis.

VINCENT VAN GOGH O CARTEIRO JOSEPH ROULIN

Museu de Belas Artes, Boston, óleo sobre tela , 81.3 x 65.4 cm

Um dos de amigos mais próximos de Van Gogh em Arles, era o carteiro local, Joseph Roulin. Esta pintura, de Vincent van Gogh onde o artista escreveu ao seu irmão, "Estou trabalho agora com outro modelo, um carteiro de uniforme azul, com detalhes em ouro, uma grande barba que nos lembra , muito como a de Sócrates." Na verdade, o modesto carteiro tem toda a autoridade de um Almirante. Van Gogh pintou também vários retratos de Madame Roulin, bem como a dos filhos desse casal, ficou tão encantado que acabou pintando a família inteira.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

RIO DE JANEIRO SEDE DAS OLIMPÍADAS DE 2016




Um grande dia para o Brasil. Confesso que fiquei um pouco cético sobre o Rio ganhar a oferta para as Olimpíadas de 2016 devido das questões relacionados com o crime e violência, mas estou para além de emocionados com o anúncio de hoje em que a cidade ganhou a concorrencia. Será surpreendente.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A PRINCESA E O SAPO

A nova animação 2D da Disney é “A Princesa e o Sapo”. Ela será feita inteira com desenhos feitos a mão.
A história se passa em New Orleans na Era do Jazz, 1920.
Tiana, será a primeira princesa negra de um desenho animado da Disney
O roteiro e a direção de “A Princesa e o Sapo” são de John Musker e Ron Clements, que também fizeram “A Pequena Sereia”, “Aladdin” e “Hércules”. Já a trilha sonora é de Randy Newman, que fez a música-tema de “Monstros S.A.” e levar o Oscar na ocasião.
A estreia oficial de “A Princesa e o Sapo” está marcada para o dia 11 de dezembro, nos Estados Unidos, mas a Disney pretende aproveitar o feriado de Ação de Graças para fazer um lançamento exclusivo em Nova York e Los Angeles, no dia 25 de novembro.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MAIS UM "BRINQUEDINHO" O NOVO PLAYER DIGITAL DA MICROSOFT


A Microsoft colocou à venda nesta quinta-feira o novo player digital de música e vídeo Zune HD, com preço abaixo dos aparelhos iPod, da Apple, em uma tentativa de ganhar alguma participação da líder de mercado.
Os players, que estão disponíveis para pré-encomendas, mas não estarão nas prateleiras até 15 de setembro, custam US$ 219,99 na versão com 16 gigabytes e US$ 289,99 com 32 gigabytes. Já os aparelhos iPod Touch equivalentes custam US$ 299 e US$ 399 respectivamente.
Um aparelho típico de 16 gigabytes armazena cerca de 4 mil músicas. O novo Zune HD da Microsoft é menor que a versão anterior e conta, pela primeira vez, com uma tela touchscreen. O aparelho vem em cinco cores diferentes e tem ainda uma antena de rádio interna, WiFi, e pode transmitir vídeos em alta definição para uma tela maior.

VEJAM !!! JAMES DEAN ESTÁ VIVO!


Acabo de ver um dos melhores comerciais de uma campanha publicitária de todos os tempos! O mote "E se James Dean não tivesse morrido jovem, como teria sido sua vida?", da Agência King James, da Africa do Sul, reviveu o ator em um comercial para a empresa de investimentos Allan Gray. O filme mostra Dean de cabelos brancos, recebendo um Oscar honorário, dirigindo filmes, como piloto de corrida, fazendo trabalho humanitário, uma vida de trás para frente. Na sequência, recria o acidente no qual o astro morreu aos 24 anos, mas o desfecho é outro: Dean sobrevive.
http://www.youtube.com/watch?v=hz2fWQ4e4jE&feature=player_embedded
"Se tivesse tido mais tempo, imagine as possibilidades', diz o comercial. O filme promove a empresa e os investimentos a longo prazo. O ator que interpretou Dean passou 2 meses ensaiando e encarnou o personagem com a ajuda de maquiagem, proteses, dublês e de computação gráfica. Muito bom, né?

HENRI MATISSE NA PINACOTECA DE SÃO PAULO

No sábado passado resolvi fazer um passeio até a Pinacoteca de São Paulo onde pude conferir a sensacional e inédita exposição sobre Henri Matisse. Aos sábados a entrada é franca, ao entrar na Pinacoteca já pude notar o grande movimento de público para a visitação da mostra a começar pela fila que subia as escadas. A exposição que reune trabalhos maravilhosos deste artista seguindo uma cronologia encontramos reunidos na mostra desenhos, pinturas, gravuras, esculturas, colagens e serigrafias, no mesmo espaço vemos alguns trabalhos de artistas contemporâneos franceses que se inspiraram no mestre fauvista. Vale a pena conferir e visitar as outras exposições. Segue abaixo a matéria publicada na Revista Veja que achei sensacional e decidir publicar aqui no Blog.










O deus da cor
Pela primeira vez, o francês Henri Matisse é tema de uma mostra no Brasil. É a chance de tirar a dúvida: sua arte tem grandeza, ou apenas facilidade?
Carlos Graieb e Marcelo Marthe
Revista Veja Editora Abril

O ano era 1908, e o francês Henri Matisse (1869-1954) causava raiva e confusão com suas telas de cores intensas, que violavam todas as convenções da arte tradicional. Uma revista convidou-o, então, a explicar-se. Matisse redigiu um texto breve, "Notas de um pintor", e assim apresentou seu ideal: "Sonho com uma arte de equilíbrio, de pureza, de tranquilidade, sem temas inquietantes ou preocupantes, uma arte que seja, para qualquer trabalhador cerebral, quer o homem de negócios, quer o homem cultivado, um lenitivo, um calmante mental, algo como uma boa poltrona onde ele possa relaxar do cansaço físico". Para um público que associava o pintor à palavra fauve – "fera", em francês –, o texto soou como provocação. Ao contrário de outros documentos célebres do modernismo, contudo, o manifesto de Matisse é totalmente desprovido de ironia. Como sua longa trajetória acabaria por demonstrar, a expressão da harmonia e da serenidade foi de fato o motor constante, e único, de sua criação. Motivo pelo qual ele afinal atraiu outro tipo de opositor: aquele que, sem negar sua importância histórica, como único rival plausível de Pablo Picasso no panteão modernista, não enxerga em suas telas nada mais que complacência. Com suas paisagens mediterrâneas, suas odaliscas lânguidas, seus aprazíveis interiores burgueses, seus arabescos decorativos, ele seria, de fato, o pintor adequado para uma era hedonista e superficial. Neste sábado, 5, a Pinacoteca do Estado, em São Paulo, inaugura a exposição Matisse Hoje – a primeira do artista no Brasil, com 93 itens, entre pinturas, desenhos, esculturas e gravuras. A ocasião é imperdível, não apenas para tomar contato com um nome central da cultura do século XX, mas para descobrir se há grandeza, ou apenas facilidade, nessa arte luminosa.
Engana-se quem imagina que a luz e a cor transbordantes das telas de Matisse são reflexos de uma vida sem dores. "Meu papel é apaziguar. Porque, de minha parte, eu também preciso de apaziguamento", disse ele certa vez. Filho de um comerciante remediado do norte da França, Matisse lutou contra a oposição do pai ao projeto de ser pintor e enfrentou privações financeiras até se estabelecer na carreira, às portas dos 40 anos. Sua saúde sempre foi frágil. Ele padecia de uma insônia severa e, da juventude à velhice, passou longos períodos acamado por causa de problemas no aparelho digestivo (nos anos 40, tinha certeza de que não resistiria a uma cirurgia para a retirada de um câncer – mas sobreviveu por mais de uma década, até os 84 anos). Como observou a historiadora inglesa Hilary Spurling, sua maior biógrafa, Matisse tinha justificativas pessoais de sobra para comparar a energia de seus quadros aos gritos patéticos de um homem que se afoga – o que fez em certa ocasião.
O historiador galês Raymond Wil-liams certa vez dividiu os modernistas em duas categorias: de um lado estavam os modernistas propriamente ditos – cuja atividade se circunscrevia à busca pela inovação estética radical. De outro, havia os vanguardistas – que também eram movidos por uma agenda política e pela oposição à "ordem burguesa". Matisse foi um modernista puro. Só esteve ligado a um grupo na época do fauvismo – um dos momentos mais fugazes na vertiginosa história dos "ismos" do início do século XX. Dali em diante, ele foi um partido de um homem só. Na única vez em que mostrou interesse por um movimento político, foi para desvesti-lo de tudo que nele era... político. Por volta de 1904, Matisse deixou-se inspirar por ideias anarquistas que lhe foram apresentadas pelo amigo Paul Signac. De tudo o que os anarquistas tinham a dizer, contudo, só lhe interessou a ideia de um futuro utópico, de liberdade e beleza. Nada de destruição da ordem social – muito menos por meio da violência. Essa "alienação" o tornou alvo da esquerda. No fim dos anos 50, comunistas franceses prometiam, uma vez que chegassem ao poder, transformar uma capela decorada por Matisse, na cidadezinha de Vence, num salão de danças. O pintor, a propósito, era ateu – as religiões também não o atraíram. Seu único absoluto foi mesmo a arte.
Matisse é, de fato, acolhedor. Livres de qualquer cerebralismo, suas telas são sempre agradáveis aos olhos. Mas isso não significa que seu trabalho seja "fácil", na acepção pejorativa do termo. Da mesma forma que uma bailarina transmite graça e leveza no palco sem que ninguém note os esforços excruciantes a que seus músculos são submetidos, por trás de suas obras há sempre virtuosismo e elaboração. A exposição em São Paulo contém inúmeros exemplos disso. Vindas do Centro Georges Pompidou, em Paris, as telas Interior em Nice, a Sesta (1922) e Odalisca com Calça Vermelha (1921) são uma amostra de sua obsessão detalhista com as texturas de tecidos e tapeçarias – uma herança de sua região natal, berço de grandes tecelões. O Torso Grego (1919) – uma das principais da exposição, pertencente ao acervo do Masp paulistano – evidencia suas reflexões incessantes sobre as questões da cor e do espaço. Matisse era incansável ainda na pesquisa de técnicas e materiais. Num período em que ficou de cama por causa de sua enfermidade intestinal, ele pedia a suas modelos e assistentes que pintassem pedaços de pano e papel em cores que ele mesmo preparava, em seguida os recortava na forma de figuras como andorinhas e conchas e os pregava em suas telas e livros ilustrados. O pintor considerava que uma obra só estava completa quando transmitia com precisão as sensações que ele desejava exprimir. A tela Natureza-Morta com Magnólia (1941) – que afirmava ser sua favorita – é um testemunho de quanto isso poderia ser árduo. Matisse a refez onze vezes.


A mostra traz ainda um vídeo sobre uma empreitada do artista na virada dos anos 50: a criação da já mencionada capela em Vence, no sul da França. Estimulado por uma noviça que fora sua modelo, o pintor desenhou todo o aparato do lugar, dos vitrais à batina dos padres. Reza uma anedota que, ao ciceronear uma visita de turistas à capela, Matisse foi questionado sobre sua inspiração ao concebê-la. "Eu a fiz para meu próprio prazer", disse ele. Ao que a madre superiora do convento objetou: "Pensei que o senhor havia devotado esse santuário a Deus". Matisse encerrou o assunto com uma declaração peremptória, para escândalo da madre: "Eu sou Deus". Na ordem das coisas, tal como concebida por Matisse, o artista é de fato o deus de sua obra. Em seus quadros, ele quis criar um éden. E se não for legítimo buscar na arte, se não um paraíso, ao menos uma promessa de felicidade, então, onde será?




sábado, 12 de setembro de 2009

DAVID GUETTA : ONE LOVE


One Love é o titulo do quarto CD do DJ francês, David Guetta.
O CD foi lançado dia 24 de Agosto na Europa e está sendo lançado hoje nos Estados Unidos. Um CD duplo deluxe também será lançado e conta com club mixes do álbum e mais 2 músicas novas.

Track List: 1. When Love Takes Over (feat. Kelly Rowland)2. Gettin' Over (feat. Chris Willis)3. Sexy Bitch (feat. Akon)4. Memories (feat. Kid Cudi)5. On The Dancefloor (feat. Will.I.Am and APL)6. It's The Way You Love Me (feat. Kelly Rowland)7. Missing You (feat. Novel)8. Choose (feat. Kelly Rowland and Ne-Yo)9. How Soon Is Now (Dirty South feat. Julia McKnight)10. I Gotta Feeling (feat. Black Eyed Peas)11. One Love (feat. Estelle)12. I Wanna Go Crazy (feat. Will.I.Am)13. Sound Of Letting Go (feat. Chris Willis)14. Toy Friend (feat. Wynter Gordon)15. If We Ever (feat. Makeba)